Formação inicial e a profissionalização docente: demandas da produção curricular
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Resumo
Esse artigo resulta de uma pesquisa de Mestrado que problematizou as significações de docência focalizadas na discursividade e em suas articulações enunciadas nas Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação inicial de professores da educação básica, voltando o olhar especificamente para a Resolução CNE/CP nº 2, de 20 de dezembro de 2019, que instituiu a BNC-Formação inicial. Do ponto de vista teórico-epistemológico, a pesquisa amparou-se numa análise bibliográfica e de pesquisa documental dos discursos desses textos normativos. Essa produção tem por objetivo abordar os discursos da profissionalização docente, levando em consideração os discursos hegemônicos que tentam fechar sentidos necessários, universais e definitivos de docência a ser formada, como via de alcance à qualidade da educação. Questiona-se ainda os desdobramentos das significações da docência tendo em vista a disputa de sentidos em sua condição de provisoriedade e precariedade, como forma de pensar e interpretar a política como um ambiente de luta pela significação. Concluiu-se que a produção curricular tem produzido uma hegemonia que tem sido evidenciada através de documentos curriculares em Competências Profissionais Docentes, nomeadas discursivamente em Conhecimento, Prática e Engajamento profissional. De forma evidenciada, os discursos dos textos normativos e curriculares sustentam e promovem uma tentativa de padronização da docência com padrões de comportamentos desejados a serem desenvolvidos na docência como tentativas de regular e controlar as várias possibilidades de ser dos professores.
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